Pouco depois de ser lançado, este livro invadiu o meu feed do Instagram onde sigo maioritariamente contas relacionadas com livros. A capa cativou-me e o título também. A sinopse deixou-me apreensiva, mas as críticas eram tão boas que decidi ouvir o audiobook.
It’s strange to know that whenever I remember myself at fifteen, I’ll think of this.
Aos quinze anos, Vanessa envolve-se com o seu professor de Inglês, Jacob Strane, na altura com quarenta e dois anos. Para proteger Strane de um escândalo e crente de que a relação entre ambos assenta na ideia romantizada que o livro Lolita de Nabokov lhe incutiu, Vanessa é expulsa da escola por ser acusada de ser instável e perseguir o professor.
Kneeling before me, he lays his head on my lap and says, ‘I’m going to ruin you.
Os encontros continuam em segredo, mesmo depois de Vanessa atingir a maioridade. Sete anos depois do primeiro beijo com Strane, o professor é acusado publicamente de abuso sexual. Vanessa é contactada para também ela contar a sua história.
Girls in those stories are always victims, and I am not. And it doesn’t
have anything to do with what Strane did or didn’t do to me when I was
younger. I’m not a victim because I never wanted to be, and If I didn’t
want to be, then I’m not. That’s how it works. The difference between
rape and sex is state of mind. You can’t rape the willing, right?
A narrativa alterna entre 2000 e 2007 e Vanessa vagueia pelas memórias do desenrolar da relação com Strane e o desabar da crença de que viveu uma história de amor.
Because even if I sometimes use the word abuse to describe certain
things that were done to me, in someone else’s mouth the word turns ugly
and absolute. It swallows up everything that happened.
A linguagem do livro é acessível e Kate Elizabeth Russell facilita a leitura recorrendo a descrições leves e diálogos interessantes. Achei que alguns pontos ficaram por abordar e algumas personagens por explorar, mas num todo é um livro que nos faz entender melhor o pensamento de alguém que sofre de Síndrome de Estocolmo pois Vanessa acaba por ser refém da ideia de que ela e Strane viveram um amor ímpar que o mundo é incapaz de compreender.
I can’t lose the thing I’ve held onto for so long, you know?” My face
twists up from the pain of pushing it out. “I just really need it to be a
love story, you know? I really, really need it to be that.”
“I know,” she says.
“Because if it isn’t a love story, then what is it”? I look to her glassy eyes, her face of wide open empathy. “It’s my life,” I say. “This has been my whole life.
“I know,” she says.
“Because if it isn’t a love story, then what is it”? I look to her glassy eyes, her face of wide open empathy. “It’s my life,” I say. “This has been my whole life.
Recebeu quatro estrelas no Goodreads.