Título: I'm Fine... And Other Lies

Autora: Whitney Cummings

Whitney Cummings, meus caros, está longe de ser a minha comediante favorita. Já assisti a alguns dos espectáculos online (obrigada Youtube por seres um dos meus mais fieis companheiros em tempos de pandemia e de doença) e não fiquei perdida de amores pela comédia dela, como fico pela da Dulce Sloan. Aliás, Gostava muito que a Dulce escrevesse um livro porque tenho a certeza de que iria adorar. Voltando à autora, Whitney Cummings é uma das criadoras da série Two Broke Girls que eu detesto. Lamento se algum de vós é fã, mas eu vi um episódio e penso que nem cheguei a assistir por inteiro. Aborreceu-me. Ainda assim, I'm Fine... and Other Lies veio parar-me às mãos por sugestão do Goodreads e, depois de ler o Dark Places, estava pronta para uma leitura mais leve e decidi dar uma oportunidade à Whitney. 

It just baffles me how badly evolution is bombing on the fertility front; it makes no sense that when I was the least equipped mentally and financially to have a kid, I was the most able to. I've said it once, and I'll say it again: Biology is a raging, sexist psychopath.

Título: The Art of Her Deal: The Untold Story of Melania Trump

Autora: Mary C. Jordan

Sinopse: Esta biografia reveladora de Melania Trump pela voz da repórter Mary Jordan, vencedora do Prémio Pulitzer, do Washington Post, "habilmente e sem agenda, decodifica Melania" (NBC News), que é muito mais influente na Casa Branca do que a maioria das pessoas imagina.

Opinião: 

 ★★★★☆

Melania Trump tem sido a Primeira Dama dos EUA mais recatada e privada de todos os tempos e, sendo também a esposa de uma figura que não tem papas na língua e que se expõe ao máximo, acaba por ser um mistério. Na verdade, é a imagem marca de Melania. 

O livro começa por nos dar a conhecer Melania Knavs, jovem aluna na capital da Eslovénia quando ainda pertencia à Jugoslávia - Ljubljana. Aos 16 anos, Melania foi fotografada pela primeira vez e iniciou assim a sua carreira como modelo de catálogo. Apesar dos olhos fascinantes e uma beleza natural, todos os fotógrafos lamentavam a falta de conectividade entre a modelo e a câmara, a sua frieza que transparecia para as fotografias. Como nomes como Claudia Schiffer e Cindy Crawfard em mente, Melania deixou o curso de arquitectura e design para ir viver em Milão, mudou o nome de Knavs para Knauss e lutou para ser a próxima supermodelo. O sonho não foi concretizado, apesar de Donald Trump e a própria Melania venderem a sua imagem como a de uma modelo cheia de sucesso. Não aconteceu.

She was a “commercial,” not “editorial,” model, and was never going to be photographed for Vogue or Harper’s Bazaar. A true editorial model has a certain relationship with the camera lens, in her face and the way she moves, as if the model gives life to the photograph.

Melania chegou aos EUA em 1996, com 26 anos e alguma fama na Europa, mas nada que chegasse para ser considerada uma Supermodelo. Numa indústria que infelizmente ainda busca encontrar o próximo hit personalizado numa mulher mais magra, mais bonita e mais nova, Melania estava a perder a corrida contra o tempo.Todos nós estamos se me permitem o aparte, mulheres e homens, mas as mulheres são extremamente penalizadas por isto ainda nos dias que correm. A vida, senhores, é mais do que beleza exterior e apesar de cada vez mais tomarmos consciência disto, ainda temos de lutar muito para que a idade deixe de ser valorizada desta forma.

Para além de nos dar vários detalhes da carreira de Melania,Mary C. Jordan analisa várias entrevistas feitas ao longo dos anos à modelo. Há um padrão nas palavras de Melania, em especial no que toca às poucas entrevistas dadas ao longo dos últimos quatro anos - Melania define-se como independente e mãe, acima de tudo. A maior parte das entrevistas e fotografias da carreira de Melania são facilmente encontradas online - apesar de algumas terem desaparecido. 

A maior parte do que é relatado no livro está documentado online. Há algumas notas mais íntimas no relacionamento de Donald e Melania que nos ajudam a perceber a dinâmica do casal - como dormem em quartos separados (o quarto de Donald adornado com fotografias do próprio com várias celebridades, o quarto de Melania coberto de fotografias de Barron, o filho), a relação fria entre Melania (The Portrait) e Ivanka (The Princess); a má relação entre Viktor Knavs e Donald Trump, apesar dos sogros de Trump terem o seu próprio quarto na Casa Branca (e de se tornarem cidadãos norte-americanos já durante a presidência de Trump: Chain-migration????), entre outras histórias como os escândalos de infidelidade, o pre-nups de cada uma das três esposas de Trump e das empregadas domésticas do casal imigrantes ilegais.

At the White House, both Trumps prized a person’s loyalty to them above anything on their resume.

Melania, apesar de recatada e de ser retratada presa num casamento infeliz, no livro de Mary C. Jordan é demonstrado que na verdade ela está onde quer, tem o ouvido do Presidente dos EUA e que foi a própria quem influenciou a escolha de Mike Pence como Vice-Presidente. E se algumas pessoas costumam dizer que Melania vai muitas vezes contra Donald quando, por exemplo, Trump disse que não iria usar máscara e a Primeira Dama fez de seguida um vídeo a pedir que a máscara fosse usada por todos; Mary C. Jordan diz: desenganem-se. Melania toma certas atitudes de forma a salvar a face de Donald quando ele percebe que errou. Ela é a primeira pessoa a quem ele liga quando termina um discurso e é uma das pessoas mais influentes na Casa Branca.

Este livro é um bom resumo para quem gostaria de compreender melhor o Primeiro Casal dos EUA sem ter de fazer a pesquisa. Demonstra o paradoxo que é a presidência de Donald Trump e como a mulher ao lado dele é mais parecida com o marido do que aquilo que transparece.

 Título: Too Much and Never Enough

Autora: Mary L. Trump