Título: Uncommon Type | Papéis Diferentes 

Autor: Tom Hanks

Sinopse:

Um romance febril e divertido entre dois melhores amigos. Um veterano da II Guerra Mundial cura as suas cicatrizes físicas e emocionais. Um actor de segunda categoria que é atirado para o estrelato e de repente encontra-se no meio de uma estreia tempestuosa. Um colunista do jornal de uma pequena cidade com perspectivas do mundo moderno bastante antiquadas. Uma mulher a adaptar-se à sua vida no novo bairro depois do divórcio. Quatro amigos que vão à Lua e voltam numa nave construída no quintal das traseiras. Um surfista adolescente que tropeça na vida secreta do próprio pai.
Estas são apenas algumas personagens e enredos que Tom Hanks cria no seu primeiro livro de ficção, uma recolha de histórias que explora com grande ternura, humor e perspicácia a condição humana e algumas das suas particularidades. Todas têm uma coisa em comum: uma máquina de escrever desempenha um papel em cada história, umas vezes menor, outras vezes fulcral. Para muitos, as máquinas de escrever representam uma perícia e beleza cada vez mais difíceis de encontrar. Hanks alcança-as facilmente.

Opinião:

 Por onde começar? Tom Hanks é um dos meus actores favoritos - daqueles que quando

sai um filme novo suponho logo que é muito bom e não o posso perder. Raramente me desiludo. Adquiri a versão em audiobook deste livro por ser narrado pelo próprio. 

Kirk, as his defensive stance, pulled out book after book, reading like he was a chain-smoker with a carton of menthols.

 Tratam-se de dezassete contos, todos eles diferentes mas com um objecto em comum: uma máquina de escrever - que tem mais ou menos protagonismo dependendo da história que é contada. Hanks tem a sua própria colecção e eu própria gosto muito de máquinas de escrever porque o meu Avô tinha imensas. Eu não tenho nenhuma, mas ainda não perdi a esperança de vir a ter. 

 In the time I spend lollygagging over my whites and colors, Anna will drywall her attic, prepare her taxes, make her own fresh pasta, and start up a clothing exchange on the Internet.

As histórias de Hanks são bastante cinematográficas, com um sabor do cinema simples sem grandes dramatismos ou romances assolapados e a escrita é muito boa. Ainda assim, admito que me aborreci com algumas das histórias e que não houve nenhuma que me deixasse apaixonada. De qualquer forma, é impossível não tirar o chapéu a Hanks, que tem uma escrita fluída e uma voz própria, o que é super importante para um escritor. Por isto, andeio por um segundo livro, talvez mais arrebatador. Gostei muito dos diálogos, diria que são mesmo o forte do autor. Associei-os de certa forma aos diálogos deliciosos de Don DeLillo.

“Are you flirting with me?”
“No,” Anna said. “I’m propositioning you. Totally different thing. Flirting is fishing. Maybe you hook up, maybe you don’t. Propositioning is the first step in closing a deal.” 

Alguém já leu ou considera ler?