Mothering Sunday - Opinião e Playlist

10:54 da manhã

Life itself was riddle enough.

Já está disponível aqui a Playlist que fiz para a leitura de Mothering Sunday do Graham Swift.

A capa do livro é composta pelo "Nu Reclinado" de Amedeo Modigliani e quase parece que a composição do quadro foi feita para o livro. Esta é a história de um domingo, o Domingo das Mães, onde os criados abandonam as casas onde trabalham para visitar as famílias e só voltarem ao final do dia. Quase todos os criados. 

And books, she knew by then, were one of the necessities, the rocks of her life.
 
Jane Fairchild foi abandonada em criança e cresceu num orfanato até ter idade para trabalhar. Aos vinte e dois anos, é empregada na casa do Sr. e da Sra. Niven, que a tratam bem e onde tem o privilégio de ler os livros da biblioteca do Sr. Niven. Secretamente, Jane tem um caso com Paul Sheringham. Neste particular domingo, Paul pede a Jane que se encontre com ela em sua casa, que entre pela porta da frente, que se entregue a ele como tantas vezes antes e que o veja vestir-se sem pressa para se encontrar com a sua futura esposa. Há um momento da narrativa em que o quadro é a imagem viva de Jane, ou vice-versa.  E, nesse Domingo das Mães, Paul morre. 

This was the great truth of life, that fact and fiction were always merging, interchanging. 

Jane vive muitos anos. Lê muitos livros ao longo dos seus mais de 90 anos. Escreve alguns. Aquele domingo e tudo o que nele se passou mantém-se o seu maior segredo. Swift escreve de forma enigmática, mas com uma leveza cristalina que nos arrebata, dando a oportunidade ao leitor de tirar conclusões
e de decidir por si mesmo se a morte de Paul foi acidental ou propositada. E que leitura maravilhosa, meus caros!


Feast your eyes. 

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