I'm Fine... and Other Lies - Whitney Cummings

11:12 da manhã

Título: I'm Fine... And Other Lies

Autora: Whitney Cummings

Edição: Penguin Publishing Group
Adquirir: Bertrand Livreiros | Wook  (links afiliados)
 
 
Sinopse: Aqui estão todas as histórias e erros que cometi e que foram constrangedoras demais para contar em palco à frente de um público real; mas, graças à tecnologia não tão moderna, você pode ler sobre eles aqui para que eu não tenha que arriscar o seu contato visual crítico que esmagará a minha auto-estima. Este livro contém uma deliciosa schadenfreude em que recordo  desastres humilhantes como partir o meu ombro ao tentar impressionar um tipo, quase passar a minha vida numa prisão da Guatemala e ter minha orelha costurada por um surdo. Além de acumular situações mortificantes que o farão sentir-se muito melhor sobre as suas escolhas, acumulei muito conhecimento de terapeutas, psicoterapeutas e psicopatas, o que provavelmente pode ajudá-lo a evitar os mesmos erros que cometi. Pense neste livro como tudo o que você deseja da Internet em um só lugar, exceto sem as distrações constantes de anúncios, compras online e pornografia.

 
Opinião:  
 
★★★★☆

Whitney Cummings, meus caros, está longe de ser a minha comediante favorita. Já assisti a alguns dos espectáculos online (obrigada Youtube por seres um dos meus mais fieis companheiros em tempos de pandemia e de doença) e não fiquei perdida de amores pela comédia dela, como fico pela da Dulce Sloan. Aliás, Gostava muito que a Dulce escrevesse um livro porque tenho a certeza de que iria adorar. Voltando à autora, Whitney Cummings é uma das criadoras da série Two Broke Girls que eu detesto. Lamento se algum de vós é fã, mas eu vi um episódio e penso que nem cheguei a assistir por inteiro. Aborreceu-me. Ainda assim, I'm Fine... and Other Lies veio parar-me às mãos por sugestão do Goodreads e, depois de ler o Dark Places, estava pronta para uma leitura mais leve e decidi dar uma oportunidade à Whitney. 
O que eu não contava era que Whitney nos desse a conhecer literalmente vários momentos difíceis e dolorosos da sua vida e que estivesse disposta a expor-se desta forma. Eu valorizo muito a minha privacidade e partilho com muito poucas pessoas o que me vai na alma ou situações embaraçosas pelas quais passo, então ver uma mulher expor-se desta forma é um motivo de orgulho e de encorajamento. 
 
I feel we’ve evolved into a society that prides expediency over accuracy, quantity over quality, decibel level over content.
 
Whitney não só nos fala daquilo que descreve na sinopse do livro, como nos leva numa viagem sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje e como muitas vezes pomos a nossa saúde física e mental no último lugar da lista para atingirmos o ideal de mulher que, vamos ser honestos aqui, não existe porque não é real. 
 
Authenticity is a collection of choices we have to make every day. It’s about the choice to show up and be real. The choice to be honest. The choice to let our true selves be seen.” As I told more and more people, I realized that (a) they didn’t really care because everyone is too busy dealing with their own emotional problems to care about my emotional problems and (b) most had struggled with similar issues and felt relieved and inspired that I could be vulnerable about mine. When this happened, my fear of judgment lost its power over me. Maybe the road to being a decent role model wasn’t about being emotionally perfect, maybe it was about finding the courage to admit that I wasn’t.
 
Um dos capítulos que mais me tocou trata da congelação de óvulos que Whitney fez para poder um dia ser mãe e a constatação dura e crua de que o nosso corpo está fisicamente melhor preparado para uma gravidez nos nossos 20's do que nos nossos 30's ou 40's, o que nos tempos que correm não faz sentido - porque muitas de nós preferem seguir uma carreira e atingirem uma certa estabilidade emocional e económica que não nos permite sermos mães tão novas. Revi-me muito neste capítulo e apesar do humor com que o tema foi abordado, não o tornou um tema mais leve.
 

It just baffles me how badly evolution is bombing on the fertility front; it makes no sense that when I was the least equipped mentally and financially to have a kid, I was the most able to. I've said it once, and I'll say it again: Biology is a raging, sexist psychopath.

Outro capítulo do qual gostei muito tratou de todos os médicos que Whitney visitou para tratar enxaquecas e a quantidade absurda de medicações diferentes que lhe foram receitadas sem se tentar compreender o que se passava de facto no corpo dela para que fosse vítima de enxaquecas. Senti-me muito próxima no que toca a este aspecto porque até há bem pouco tempo, sofri de algo parecido - estou em casa de baixa há quase seis meses porque o nosso SNS tem falhado redondamente no meu tratamento (só há Covid-19, se não é Covid-19, não é importante) e só através de um médico no privado tenho sido acompanhada de forma a que seja medicada de acordo com o que tenho em vez de andarmos às apalpadelas do "pode ser isto, ou isto, ou aquilo, não sabemos". Mas isso, é outra história.
 
Recently it’s become cool to brag about how little sleep you got, how hard you work, how many pills you take, how often you’ve been sick. It seems the easier our lives are made by modern technology, the more people need to make up struggles for themselves. As recently as eighty years ago, and still today in many Third World countries, people really were sick pretty much all the time, and now that we finally have the means to be healthy, people seem to want to brag about being sick. I blame people who regram that stupid quote “What doesn’t kill you makes you stronger.” Whoever said that is either very stupid or had awesome painkillers.
 
Há mais temas interessantes: pitbulls, hijabs, cirúrgia plástica entre outros - abordados sem filtros e com humor. 
 
Aconselho.

Boas Leituras!

P.S.: O blog mudou de cara. Que vos parece?

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8 comentários

  1. Bom dia essa biografia deve ser muito legal. Obrigado pela dica. Agradeço a visita no meu Blogger e lhe sigo com prazer.

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  2. Acredito que seja um filme fascinante de ver
    Fiquei seguidor
    Cumprimentos

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  3. Obrigada pela dica.
    Um grande abraço
    Verena.

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  4. Deixa-me começar ao contrário: adorei a mudança de visual do blogue. Está mesmo bonito *-*

    Confesso que não conhecia a humorista, mas, pela maneira como descreves o livro, fiquei mesmo interessada na sua história. Parece-me ser uma «viagem» muito reflexiva e emocional. Ainda que, depois, contrabalance o tom na escrita

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    Respostas
    1. Que bom que gostaste!!!:)

      É mesmo e acho que facilmente todos nos vamos rever em algumas das coisas que ela descreve.

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  5. Tell me lies, tell me sweet little lies, cantavam Fleetwood Mac

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  6. Deve de ser um livro bem interessante e divertido.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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