We Have Always Lived in the Castle - Shirley Jackson

11:13 da manhã

Um dos meus livros favoritos é The Bloody Chamber da Angela Carter. Até hoje, estou boquiaberta como nunca me cruzei com We Have Always Lived in the Castle, dado que me fez muito lembrar as histórias de terror de Carter. Para quem gosta de um bom thriller e de uma escrita soberba, este livro é um must-have na vossa livraria pessoal.

My name is Mary Katherine Blackwood. I am eighteen years old, and I live with my sister Constance. I have often thought that with any luck at all, I could have been born a werewolf, because the two middle fingers on both my hands are the same length, but I have had to be content with what I had. I dislike washing myself, and dogs, and noise. I like my sister Constance, and Richard Plantagenet, and Amanita phalloides, the death-cup mushroom. Everyone else in our family is dead.

Há seis anos atrás, Mary Katherine (Merricat) vivia na grande propriedade dos Blackwood. Ricos, snobs e proprietários de terras, os Blackwood não se misturavam com a restante população da vila. E, numa noite, quase toda a família Blackwood morreu, envenenada à mesa do jantar. Os únicos sobreviventes foram o Tio Julian, que ainda ingeriu parte do açúcar envenenado mas salvou-se, ficando demente, fixo na lembrança daquela noite; Constance,  quem cozinhou o jantar e a irmã mais velha de Merricat que não jantou e foi mandada para o quarto sem jantar, por se ter portado mal. 

Merricat, said Constance, would you like a cup of tea?
Oh no, said Merricat, you’ll poison me.
Merricat, said Constance, would you like to go to sleep?
Down in the boneyard ten feet deep!

Há um julgamento no qual Constance é a principal suspeita, mas o leitor nunca fica a perceber nem como nem porquê, a jovem é absolvida. Desde aí, no entanto, Constance não volta a sair de casa.

Esta pequena família de três sobrevive continuando sem se misturar com as pessoas da vila, apesar de Merricat ir à vila todas as Terças e Quintas-feiras para comprar aquilo que é necessário para encher a dispensa de Constance que permanece a cozinheira da família, sempre doce e simpática para com o tio enfermo, a irmã que vive num mundo de fantasia e para com as (muito) raras visitas que recebem em casa. 

As pequenas rotinas que mantêm o fino equilíbrio da família são quebradas com a chegada do primo Charles. 


On Sunday morning the change was one day nearer. I was resolute about not thinking my three magic words and would not let them into my mind, but the air of change was so strong that there was no avoiding it; change lay over the stairs and the kitchen and the garden like fog. I would not forget my magic words; they were MELODY GLOUCESTER PEGASUS, but I refused to let them into my mind.

Se Constance tenta aceitar a chegada do novo membro da família, Merricat resiste-lhe sem hesitar. Para ela, Charles é um "fantasma" e "demónio" que se apodera do quarto, do relógio e do anel de ouro do pai delas. Eis que a tragédia volta a infligir a família Blackwood.

I would have to find something else to bury here and I wished it could be Charles.

A playlist para esta leitura já está disponível aqui. Espero que gostem desta obra prima. Shirley Jackson entrou para a minha lista de grandes escritoras! 

Oh Constance, we are so happy.


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